Foz do Iguaçu - Vida Noturna



A realidade é que tanto Foz quanto Puerto Iguassu tem uma boa variedade de atividades noturnas. A diferença é que Foz é uma cidade mesmo, enquanto Puerto Iguassu tem um charme particular de uma cidadezinha. Ambas tem bons bares e restaurantes a bons preços e ambas tem baladas boas. Porém, tive uma noite excelente com um roteiro que recomendo. Um amigo meu e da minha namorada nos buscou no nosso hotel e juntos fomos ao restaurante El Quicho del Tio Querido (o canto do tio querido, que recomendo fazer reserva antes de ir porque é lotado), que nada mais é que uma churrascaria argentina com parrilias e afins a bom preço. Após pedir uma provoleta, um bife de tira (costela de boi) acompanhado de papas fritas a provensal  e uma panqueca de doce de leite de sobremesa, tudo regado a carveja Imperial (uma boa cerveja argentina), fui ao cassino. Devo dizer que já comi em churrascarias argentinas em SP muito melhores, mas vale a experiência especialmente por causa do ambiente. Bom, mas voltando ao assunto, existe o cassino do lado do El Quicho del Tio Querido que é em dólares e a brincadeira acaba sendo mais cara, embora este seja o cassino que oferece transfer do hotel em que você estiver (08006454434 - só ligar e marcar). Não foi a toa que nosso amigo nos levou até o Cassino Panoramic, perto da feirinha e do centro da cidade, que é em pesos e pudemos ficar jogando a noite inteira. Sai de lá lucrando 350 pesos que ganhei na roleta e no black jack e minha namorada lucrou 50 pesos, também no black jack. Vale muitooo a pena. Enfim, se posso dar um conselho de como passar uma noite da sua viagem no Iguaçu é esse: churrascaria argentina e cassino em pesos hahah!

Foz do Iguaçu - Ahhhh, o Paraguay...

Ao atravessar a fronteira e chegar ao Paraguay, tive a sensação de ter cruzado os limites da realidade. Cidad del Este parece ser o cenário de um filme de ficção científica pós apocalíptico. Algo como Matrix ou Blade Runner. É impressionante o contraste entre marcas luxuosas, táticas avançadas de varejo 3.0 e a simplesmente definida muambice.

Graças ao bom Deus, eu e minha namorada estávamos acompanhados por dois especialistas locais que nos guiaram muito bem. Eu acabei não levando quase nada, só ganhei um saco de Yerba Mate (3,50 reais) da minha namorada e comprei um absinto de 89,9% de álcool (17 dólares) que está guardado no meu quarto para um momento muito especial. Já minha namorada comprou um conjunto de pincéis de maquiagem e alguns cosméticos. Para nós o que valeu mesmo foi o passeio pelas lojas
luxuosas como a Sax e o Shopping Monalisa e pelas barracas de muamba na rua. Na verdade, tudo o que aprendi em um semestre de trademarketing na ESPM-SP não se compara ao que aprendi em um dia no Paraguay. A estratégia que mais me chamou a atenção foi a da foto ao lado, relevante aos uniformes das vendedoras. Acho que quando for dono de um negócio vou fazer a mesma coisa, porque a loja estava bombando.

Devo dizer que os preços estavam muito abaixo do que encontramos no Brasil, mas as coisas não estavam tão baratas assim... A real é que valeria muito mais a pena comprar coisas no Stand Center ou na Santa Ifigênia em SP. Com relação as coisas de marca, vale muito mais a pena ir ao Duty Free na fronteira argentina, que é um lugar muito legal, organizado e cheio de variedades, além do transporte ser gratuito (ligue 08006454434 e chame o transfer que te busca no hotel).

Bom, para chegar ao Paraguay, dependendo do dia, vá cedo e de van. A infraestrutura é medonha, o trânsito caótico e a quantidade de gente é enorme. Se estiver chovendo, que pena, você se fudeu. Mas de tudo no Paraguay, se eu puder dar um conselho, é o seguinte: no Shopping Del Este, ao lado da fronteira, existe um restaurante italiano quase que no último andar, ao lado do Ali Babá. Lá a comida é boa, e digo isso sendo descendente de italianos. Vale a pena. Enfim, isso é tudo sobre o Paraguay.

Foz do Iguaçu - Vida Selvagem



 Se você gosta de animais, Foz do Iguaçu é o seu lugar. A vida selvagem lá é incrível! E existem dois lugares especiais para ver os animais da região:

1- Parque das Aves - Sabe aquele filme de animação chamado Rio? Então, essa é a pegada do Parque das Aves. São diversos pássaros soltos, cantando e voando de um lado para o outro. Custa 20 reais a entrada normal para brasileiros e estudante paga meia. O parque fica do lado da entrada do parque brasileiro das cataratas e fica aberto até às 17hrs. Vale muito a pena. E se você tiver coragem tire a foto com a cobra. Aliás, quando fui publicar essa foto no meu facebook tive que
colocar a sua história e vou copiá-la abaixo também, para inspirar quem busca informações sobre o parque.

"Quando fui ao parque das aves em Foz do Iguaçu, minha namorada duvidou da minha coragem e como prova resolvi tirar essa foto. Achei que não ficaria nervoso, afinal, até criancinhas estavam dando risadinhas enquanto punham a cobra no pescoço. Mas quando aquela porra de bicho começou a olhar para mim com uma cara estranha, meu cú fechou (não tenho outra descrição para o momento). E, vendo que eu estava nervoso prestes a jogar a cobra para longe, o guia do parque tentou me acalmar me dizendo:
- Calma, campeão, ela é mansa, não faz nada.
Ao ouvir aquelas palavras, dei a resposta mais máscula que poderia dar:
- Meu queridão, veja bem, se fosse uma aranha, uma perereca, ou até mesmo, quem sabe, uma pombinha que estivesse na minha cara agora eu não teria o menor problema. Mas uma cobra é coisa nova para mim, aí é pedir de mais!"



2- O outro lugar para ver os animais da região são os parques das cataratas. No caso, repito, não fui ao lado brasileiro, mas todo mundo diz que o lado argentino tem mais animais. Meu prediletismo vai para os quatis, mas existem macacos, capixos, peixes, borboletas e uma séries de outros bichos que ficam soltos. É animal (ui como sou malandro no trocadilho).


Foz do Iguaçu - Simplesmente incrível!


 Ahhh, as Cataratas do Iguaçu... Nunca imaginei que ficaria tão impressionado com esse lugar. Eu já fui para o Niagra Falls no Canadá e digo uma coisa: nossas cataratas dão um pau nas de lá. Aliás, não são só nossas, né?! São nossas e dos hermanos argentinos. E, digo isso, porque eu caguei pro lado brasileiro e só fui conhecer as cataratas do lado argentino. Por quê? Bom, eu pesquisei bem antes de ir e vi que o lado argentino tinha muito mais coisa, era mais barato (se bem que com o transporte até lá dá na mesma), e a interação com as quedas é muito maior. No nosso hotel tentaram nos vender o lado brasileiro, coisa que posteriormente descobri ser muito comum já que serviços turísticos pagam hoteleiros para esse tipo de divulgação. A realidade do Lado Brasileiro VS Lado Argentino é que realmente a infraestrutura do lado brasileiro é bem melhor, enquanto o parque e as trilhas do lado argentino são bem maiores. Sua escolha depende do que você quer na viagem.
Se quiser um conforto maior e menos perrengue, visite o lado brasileiro. Mas se quiser uma maior interação com as cataratas e um maior contato com a natureza visite o lado argentino. E se estiver com tempo, visite os dois lados. Porém existem conselhos que posso dar que servem tanto para o lado brasileiro quanto para o lado argentino:

1- Sabe aquela merda de vídeo que o cara fala milhões de coisas e depois ele fala para você usar protetor solar? Então, todas as outras coisas que o cara fala são baitolices irrelevantes, exceto o fato do protetor solar. E nas cataratas do Iguaçu a coisa não é diferente. Use protetor solar, porra! (eu não usei, por isso dou esse conselho)

2- Leve água. Uma garrafa de 2l de preferência. Porque, ao menos do lado argentino, é uma facada.

3-Não deixe de fazer o passeio de barco. É animal. E lembre-se que você vai se molhar muitoooooo. Mas também não tenha medo de levar roupas ou máquina fotográfica por causa disso, porque eles te dão uma bolsa impermeável para guardar seus pertences. Só saiba a hora de guardá-los, porque ninguém vai te avisar. E, quando eu fui do lado argentino, me arrependi de não ter ido com roupa de banho, então fica a dica.

Eu não me organizei direito, e me arrependi por causa disso. Mas talvez eu fizesse tudo do mesmo jeito de novo. O que eu fiz foi o seguinte: cheguei no parque, fiz o passeio de barco Gran Aventura (310 pesos = 124 reais), fui até a ilha de San Martin ver os mirantes e mergulhar, almocei com quatis e por último peguei o trenzinho e fui até a Garganta do Diabo. A única coisa que mudaria realmente seria a Garganta do Diabo. Acho que começaria por ela, já que as filas do trem e o calor estavam insuportáveis no horário que eu fui.
 Em todo o caso, além do passeio da Gran Aventura (que passa pela floresta, pelo canion e vai até debaixo das quedas), tive duas experiências sensacionais que acho que todo mundo, ou quase todo mundo, gostaria de ter. A primeira foi na Ilha de San Martin, quando depois de caminhar e ver os mirantes eu dei um mergulho, na área rasa onde era permitido, e quando tirei minha cabeça d'água e abri os olhos vi as cataratas. E a segunda foi um pouco mais engraçada e diferente.

No lado argentino eu comi em um bar/restaurante que era a zona da zueira dos quatis. Eu fiquei fascinado por aqueles animais. E mais fascinado ainda com o meu almoço com eles. Os quatis roubam comida. A comida na Argentina são empadões que são caros (18 reais) e não muito bons na minha opinião. E os responsáveis pelo local me deram um pedaço de pau para que eu pudesse defender meu alimento dos quatis. Sabe aquele jogo de fliperama onde crocodilos avançam e você tem que acertá-los com uma marreta? Então é muito próximo disso, só que ao invés de crocodilos elétricos são quatis que avançam, e ao invés de uma marreta você tem um pedaço de pau para se defender. Para a minha vergonha os quatis pegaram uma das minhas empadas. Mas não mais que isso. E até sobrou um pouco de comida, que eu dei gentilmente para eles e até consegui brincar um pouco com uns filhotes e fazer carinho, coisa que não é recomendada mas que se danem as regras.

Além disso que comentei, existem muitas outras coisas para se fazer no parque que infelizmente não consegui fazer por falta de verba e tempo. Entre elas posso listar o rafting, o passeio de helicóptero e o rapel que devem realmente valer a pena.

Por último vou dizer como cheguei lá e como fui embora. Ir para o lado brasileiro não é tão difícil quando se está em Foz do Iguaçu. Basta pegar o ônibus escrito "Parque Nacional". Entretanto, para ir nas quedas do lado argentino o buraco é mais embaixo. A van que saia do meu hotel cobrava ida e volta 190 reais por pessoa. Quase mandei a mulher da recepção se fuder, porque um taxista que tínhamos conhecido no dia tinha oferecido o trajeto para mim e minha namorada por 150 reais ida e volta. E existe a possibilidade de se ir de ônibus que é mais perrengue mas não sai mais que 30 reais ida e volta. O que eu fiz foi o seguinte: como não queria perder tempo, rachei o táxi da ida com minha namorada (deu 35 reais por pessoa). Na volta peguei um ônibus Rio Uruguai por 30 pesos a passagem (+- 10 reais) até a rodoviária de Puerto Iguassu onde peguei um ônibus para Foz do Iguaçu por 8 pesos (2,75 reais) e que parava em vários lugares da cidade, inclusive no centro. Só para ressaltar, eu peguei o último ônibus que ia para o Brasil às 19:10.

Bom, espero que meus conselhos ajudem e é isso aí. Aproveite porque esse lugar é único.