Ahhh, as Cataratas do Iguaçu... Nunca imaginei que ficaria tão impressionado com esse lugar. Eu já fui para o Niagra Falls no Canadá e digo uma coisa: nossas cataratas dão um pau nas de lá. Aliás, não são só nossas, né?! São nossas e dos hermanos argentinos. E, digo isso, porque eu caguei pro lado brasileiro e só fui conhecer as cataratas do lado argentino. Por quê? Bom, eu pesquisei bem antes de ir e vi que o lado argentino tinha muito mais coisa, era mais barato (se bem que com o transporte até lá dá na mesma), e a interação com as quedas é muito maior. No nosso hotel tentaram nos vender o lado brasileiro, coisa que posteriormente descobri ser muito comum já que serviços turísticos pagam hoteleiros para esse tipo de divulgação. A realidade do Lado Brasileiro VS Lado Argentino é que realmente a infraestrutura do lado brasileiro é bem melhor, enquanto o parque e as trilhas do lado argentino são bem maiores. Sua escolha depende do que você quer na viagem.
Se quiser um conforto maior e menos perrengue, visite o lado brasileiro. Mas se quiser uma maior interação com as cataratas e um maior contato com a natureza visite o lado argentino. E se estiver com tempo, visite os dois lados. Porém existem conselhos que posso dar que servem tanto para o lado brasileiro quanto para o lado argentino:
1- Sabe aquela merda de vídeo que o cara fala milhões de coisas e depois ele fala para você usar protetor solar? Então, todas as outras coisas que o cara fala são baitolices irrelevantes, exceto o fato do protetor solar. E nas cataratas do Iguaçu a coisa não é diferente. Use protetor solar, porra! (eu não usei, por isso dou esse conselho)
2- Leve água. Uma garrafa de 2l de preferência. Porque, ao menos do lado argentino, é uma facada.
3-Não deixe de fazer o passeio de barco. É animal. E lembre-se que você vai se molhar muitoooooo. Mas também não tenha medo de levar roupas ou máquina fotográfica por causa disso, porque eles te dão uma bolsa impermeável para guardar seus pertences. Só saiba a hora de guardá-los, porque ninguém vai te avisar. E, quando eu fui do lado argentino, me arrependi de não ter ido com roupa de banho, então fica a dica.
Eu não me organizei direito, e me arrependi por causa disso. Mas talvez eu fizesse tudo do mesmo jeito de novo. O que eu fiz foi o seguinte: cheguei no parque, fiz o passeio de barco Gran Aventura (310 pesos = 124 reais), fui até a ilha de San Martin ver os mirantes e mergulhar, almocei com quatis e por último peguei o trenzinho e fui até a Garganta do Diabo. A única coisa que mudaria realmente seria a Garganta do Diabo. Acho que começaria por ela, já que as filas do trem e o calor estavam insuportáveis no horário que eu fui.
Em todo o caso, além do passeio da Gran Aventura (que passa pela floresta, pelo canion e vai até debaixo das quedas), tive duas experiências sensacionais que acho que todo mundo, ou quase todo mundo, gostaria de ter. A primeira foi na Ilha de San Martin, quando depois de caminhar e ver os mirantes eu dei um mergulho, na área rasa onde era permitido, e quando tirei minha cabeça d'água e abri os olhos vi as cataratas. E a segunda foi um pouco mais engraçada e diferente.
No lado argentino eu comi em um bar/restaurante que era a zona da zueira dos quatis. Eu fiquei fascinado por aqueles animais. E mais fascinado ainda com o meu almoço com eles. Os quatis roubam comida. A comida na Argentina são empadões que são caros (18 reais) e não muito bons na minha opinião. E os responsáveis pelo local me deram um pedaço de pau para que eu pudesse defender meu alimento dos quatis. Sabe aquele jogo de fliperama onde crocodilos avançam e você tem que acertá-los com uma marreta? Então é muito próximo disso, só que ao invés de crocodilos elétricos são quatis que avançam, e ao invés de uma marreta você tem um pedaço de pau para se defender. Para a minha vergonha os quatis pegaram uma das minhas empadas. Mas não mais que isso. E até sobrou um pouco de comida, que eu dei gentilmente para eles e até consegui brincar um pouco com uns filhotes e fazer carinho, coisa que não é recomendada mas que se danem as regras.
Além disso que comentei, existem muitas outras coisas para se fazer no parque que infelizmente não consegui fazer por falta de verba e tempo. Entre elas posso listar o rafting, o passeio de helicóptero e o rapel que devem realmente valer a pena.
Por último vou dizer como cheguei lá e como fui embora. Ir para o lado brasileiro não é tão difícil quando se está em Foz do Iguaçu. Basta pegar o ônibus escrito "Parque Nacional". Entretanto, para ir nas quedas do lado argentino o buraco é mais embaixo. A van que saia do meu hotel cobrava ida e volta 190 reais por pessoa. Quase mandei a mulher da recepção se fuder, porque um taxista que tínhamos conhecido no dia tinha oferecido o trajeto para mim e minha namorada por 150 reais ida e volta. E existe a possibilidade de se ir de ônibus que é mais perrengue mas não sai mais que 30 reais ida e volta. O que eu fiz foi o seguinte: como não queria perder tempo, rachei o táxi da ida com minha namorada (deu 35 reais por pessoa). Na volta peguei um ônibus Rio Uruguai por 30 pesos a passagem (+- 10 reais) até a rodoviária de Puerto Iguassu onde peguei um ônibus para Foz do Iguaçu por 8 pesos (2,75 reais) e que parava em vários lugares da cidade, inclusive no centro. Só para ressaltar, eu peguei o último ônibus que ia para o Brasil às 19:10.
Bom, espero que meus conselhos ajudem e é isso aí. Aproveite porque esse lugar é único.
Nenhum comentário:
Postar um comentário