Bahia Charuto Turismo

Escrevi o título desse post do mesmo jeito que procurei essa informação incontáveis vezes no Google. Assim, finalmente, o pessoal consegue achar alguma coisa sobre as visitas às fábricas de charuto do Recôncavo Baiano.


Muita gente que vai para o Caribe visita fábricas de charutos e acha muito legal a experiência. Agora, pouca gente sabe que o Recôncavo Baiano é uma excelente região produtora de charutos premium.

Se você está em busca de um programa turístico associado à produção de charutos da Bahia, recomendo uma visita à fábrica Dannemann no município de São Félix (+- 120km de Salvador). Ao lado de São Félix fica a cidade histórica de Cachoeira. É um passeio para o dia inteiro, que pode agradar todos os gostos.

Entretanto, se você está mais interessado na questão dos charutos em si, eu recomendo outro passeio, que foi o que eu fiz.


Na cidade de São Gonçalo dos Campos (+- 120km de Salvador também) está a fábrica de charutos Menendez e Amerino. Para quem não sabe, essa é a fábrica de grandes rótulos nacionais como Alonso Menedez, Aquarius e o famoso Dona Flor. E o dono da fábrica, o cubano Félix Menendez, é o herdeiro de uma das famílias mais influentes no ramo de charutos mundial! O charuto cubano Monte Cristo, tido até hoje como um dos melhores do mundo, era do pai de Félix, até Fidel chegar ao poder em Cuba.

Se você quiser fazer como eu e visitar a fábrica de Menendez e Amerino, tenho algumas recomendações para você:

A 1ª é que o horário de almoço da fábrica começa às 11 e termina às 13, então fique ligado na hora que

A 2ª é que a cidade de São Gonçalo dos Campos é uma merda. A cidade é tão merda, mas tão merda, que não tem sorvete Kibon e chiclete Babalú. Tendo isso dito, acho desnecessário dizer que almoçar lá não é uma boa ideia.
você quer ir.

A 3ª é que você não se preocupe com a localização exata do fábrica, porque todo mundo da cidade sabe onde fica.

E a 4ª e última é que você vá depois do almoço, quando é quase certeza que o senhor Félix Menendez vai estar por lá.

Tendo tudo isso dito, se você for a fábrica, vai participar de uma das experiências culturais mais enriquecedoras da sua vida. A visita é gratuita e não precisa ser agendada com antecedência.

Quando fui à fábrica, fiz questão de conhecer o senhor Félix Menendez, que acabou me mostrando a fábrica pessoalmente, junto com seu master blender, Arthur, um velho cubano que participou da invasão da Baía dos Porcos (do lado dos invasores).

A melhor parte de tudo, foi, no final do passeio, fumar um bom Dona Flor tomando um café e conversando com Félix Menendez e o senhor Arthur. Falamos muito mal do comunismo e, pela primeira vez na minha vida, eu ouvi coisas sobre Cuba da opinião de um refugiado. Até minha namorada que não é muito fã de charutos achou a experiência incrível!


Chapado na Chapada Diamantina

Ahhh, a Chapada! Que lugar animal! Me senti em um filme de realidade fantástica, mas sem Hobbits homossexuais ou dragões filhos da puta.

Devo dizer primeiramente que, se não fosse pela minha prima e o marido dela, essa viagem não teria sido possível. Eu tinha pesquisado muitas informações sobre a Chapada antes de ir, mas não tinha noção do quão grande era o lugar. E, como se isso não bastasse, a situação das estradas de terra não facilitam nem um pouquinho...

A Chapada Diamantina fica a 5/6 horas de Salvador. Os viajantes podem ir de carro, ônibus, ou com alguma empresa de turismo especializada. Para circular lá, existem transfers e agências turísticas locais (que saem bem carinhos, para ser sincero).

As atrações imperdíveis, na minha opinião, são: Poço Encantado, Poço Azul, Morro do Pai Inácio, Cachoeira do Buracão e a Gruta da Pratinha.

O ideal é ficar em cidades próximas às atrações que você pretende visitar no dia seguinte. Muita gente fala que Lençóis é o lugar mais legal da Chapada, mas, honestamente, Lençóis é cheio de farofada. Eu fiquei em Mucugê, hospedado na Pousada Monte Azul (que eu recomendo, especialmente pelo café da manhã), e no Vale do Capão, na Pousada do Capão (que é incrível, queria ter passado mais noites lá).

Vou falar sobre minha experiência na Chapada, onde passei três dias animais! Quem sabe você não goste e faça a mesma coisa.

Eu saí de Salvador bem cedo (5:00am) e fui direto para a Chapada. Segui direto para o Poço Azul, onde cheguei às 10:30 da manhã. O poço já estava com fila, o que não é raro de acontecer. Infelizmente, por causa das chuvas, a água não estava azul, mas verde cana, o que não estragou minha diversão nem um pouco, já que eu nunca tinha nadado em uma gruta antes.



Depois do Poço Azul, fui para o Poço Encantado que era lá perto (+-20km de distância). O poço é realmente azul fosforescente. Sério, eu nunca tomei ácido na minha vida, mas imagino que a sensação deve ser muito parecida com a que eu tive quanto estava no Poço Encantado.

A melhor época para visitar os dois Poços é de abril a setembro, quando um feixe de luz ilumina as águas. O valor do ingresso em cada um é 10 reais por pessoa. Ah, é bem tranqüilo levar máquina fotográfica e celular para os dois.

A última coisa que eu fiz no meu primeiro dia na Chapada Diamantina foi a Lapa do Bode (5km de distância do Poço Encantado). A Lapa do Bode é uma caverna bem pequena, e o passeio durou no máximo 1hr. Mas foi divertido. O guia mostrou indícios de que no passado aquela região toda era tomada pelo mar e etc.

****No dia seguinte, fui fazer o passeio da Cachoeira do Buracão. Para esse passeio preste muita atenção: você é obrigado a entrar no Parque do Buracão com um guia local de Ibicoara, mas não existem muitos guias, por isso vá cedo!! Outra coisa, não existe nada de comida e água (sem ser da cachoeira) no passeio, então leve ambos.

Para chegar na Cachoeira do Buracão, você anda por mais de 1 hora em uma trilha na caatinga. Depois você nada por um cânion rochoso e enfim chega na queda d’água. A caminhada não é pesada, e não é muito difícil de ser feita. Mesmo assim, tem subidas e descidas que quem tem problemas nos joelhos não vai aguentar.

 
















Depois de um bom tempo na cachoeira principal, na volta dá para tomar banho em outras partes das quedas, onde as águas te fazem uma massagem natural.

Quando você voltar para sua pousada, você provavelmente vai estar morto. Eu tomei um tipo de Frapuccino no Café Periquita em Mucugê (dá de 10 a 0 no do Starbucks) e mesmo assim capotei. Aliás, se você ficar em Mucugê, não deixe de tomar o café de lá. É um dos melhores cafés do mundo.

No meu último dia na Chapada, acordei cedo e fui direto para o Morro do Pai Inácio. A subida do morro não é nem um pouco difícil e dura no máximo 25min. E a vista lá de cima compensa. Sem usar nada de drogas, me senti capaz de voar!


Quando desci do morro tomei suco de mangaba e comi um pastel assado de carne. O preço tava bom e a qualidade também. Ali vale a pena comprar uma garrafinha de mel. Um dos melhores méis que já experimentei na minha vida.

O melhor a se fazer depois do Morro do Pai Inácio seria ir para a Gruta da Pratinha, onde se pode nadar em suas águas transparentes e fazer tirolesa. Infelizmente, por causa das chuvas de dezembro, a Pratinha estava interditada. Então fomos ao rio Mucugezinho e ao Poço do Diabo.

O rio Mucugêzinho é um lugar extremamente de farofada. Pessoal bebendo, escutando pagode e comendo porcaria. Por isso, não perdi tempo e caminhei até o Poço do Diabo (5min de distância). Lá tem uma tirolesa animal, que vale à pena ser feita.

Depois da Tirolesa, fomos direto para a cidade do Vale do Capão. Nossa única parada foi para mais um banho de cachoeira no Riachinho.

***A cidade do Vale do Capão é um lugar muito diferente. E quando digo diferente, digo alternativo. Ali era o paraíso dos bichos grilos. E quando digo bicho grilo, não digo aqueles caras que ficam na Sé vendendo pulseiras. Os bichos grilos do Vale do Capão são gente rica, bonita, com dentes brancos e cabelos bons, que resolveram largar tudo e virarem bichos grilos, fazendo artesanato e fumando maconha.

Vale do Capão é um lugar bem romântico para ir a dois. Em compensação, no que diz respeito a pegação e afins, devo dizer que a cidade não é de todo o mal.  Existe uma programação noturna de forró e outros shows, e as meninas de lá eram extremamente bonitas, com dreads, tattoos e etc. Entretanto, tenho certeza que a maioria delas conseguiria fazer um tererê na no meio das pernas graças à falta de depilação. Se você curtir essas coisas, lá vai ser o seu paraíso. Afinal, tem gosto para tudo, não é?

Mas o melhor do Vale do Capão é a energia. A energia de lá era muito boa. O pessoal curtindo a vida e a natureza numa boa.

E a gastronomia da cidade é algo muito diferente. Lá eu comi pastel de palmito de jaca, na pastelaria da rua principal da cidade, e pizza de cenoura, mussarela e pesto, temperada com azeite, mel e pimenta, em um lugar que não sei o nome. Esse lugar da pizza fica em frente à igreja azul da cidade e tem sucos maravilhosos adoçados com mel.


Para completar minha visita à Chapada Diamantina, resolvi comprar uma pulseira e um sabonete de argila (excelente para a pele) para minha namorada. São duas coisas que valem a pena levar de recordação!

Os pontos fortes da Praia do Forte

A Praia do Forte mudou muitoooo nos últimos tempos. E, para ser bem sincero, mudou para melhor. As ruas foram asfaltadas, estabelecimentos de excelente qualidade foram abertos e a infra-estrutura está ótima. O problema é que com todo esse progresso os preços de tudo na Praia do Forte subiram muito.

Entretanto, existem duas coisas que não mudaram. Aliás mudaram, mas sua essência continua a mesma: o Projeto Tamar e a praia em si.

Essas duas coisas, para mim, são os pontos fortes da Praia do Forte. Claro que as pousadas, os bons restaurantes e o público repleto de gente bonita também são um incentivo para visitar o lugar, mas isso você pode encontrar em diversos outros lugares.

Bom, dessa última vez que eu fui para a Praia do Forte, eu fiz um bate-volta (em especial para não ter que gastar uma diára em alguma pousada de lá). Saí de Salvador às 9:00 da manhã com o carro da minha prima e pouco menos de uma hora depois já estava chegando na praia.

Chegando lá, a primeira coisa que eu fiz foi ir ao Projeto Tamar. Eu não lembrava que era tão legal. A entrada não é cara e é válida para o dia inteiro.

Eu aproveitei e comprei por mais 2,50 (meia-entrada) um ingresso para o Yellow Submarine, que é uma exposição que mostra animais das profundezas do oceano em um ambiente similar ao deles (escuro e muito frio, com a temperatura de 15 graus). O mais legal dessa exposição é que no final você pode mexer em um desses animais das profundezas. Enfim, por mais 2,50 vale à pena.


















Depois de ter rodado pelo Projeto Tamar, resolvi ir almoçar. Minha primeira opção foi o Souza, que ficava dentro do próprio projeto, mas o atendimento era tão ruim e a comida tão cara que eu mudei de ideia. Então eu e minha namorada e fomos em busca de comida em outro lugar.

***Quando eu estava na saída do Projeto Tamar, resolvi perguntar se teria alguma atividade com as tartaruguinhas mais tarde. Felizmente, para a minha sorte, era dia de abertura de ninhos. Se você for para a Praia do Forte e quiser ir para o Projeto Tamar, recomendo que você veja as atividades do dia >> http://www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=1

Continuando, como eu estava faminto e sem saco para procurar muito, fui ao primeiro restaurante que achei agradável e com preços razoáveis: Amici de Capri, bem perto do Projeto Tamar e quase na frente da praia. Os pratos são excelentes, bem servidos e existe a possibilidade de pedir um menú executivo.

Depois do almoço, resolvi tomar sol e nadar no mar. E, o melhor de tudo, eu não passei mal!


Primeiramente deixei minha namorada se bronzeando no sol enquanto eu fui no mar. Depois, nós dois caminhamos pela praia até um ponto repleto de piscinas artificiais, formadas por rochas debaixo d’água. A água é totalmente transparente e você nada com os peixes!

Depois de tudo isso, às 16:00 voltamos ao Projeto Tamar. Era hora de alimentar os tubarões e depois era hora da abertura dos ninhos.

Eu já tinha ido na Dolphins Cove na Jamaica, onde você pagava cerca de 100 dólares para interagir com os tubarões (coisa que eu não fiz). No Projeto Tamar você passa a mão nos tubarões e ninguém te cobra mais nada por isso. Enfim, muita gente mete o pau no turismo brasileiro (e muitas vezes com razão), então eu acho bom ressaltar quando acho uma coisa legal ou vantajosa em relação às coisas de fora.



Finalmente, às 17:00, foi o momento da abertura dos ninhos. Se você gosta de animais como eu, isso é uma experiência única. Você vê as tartaruguinhas nascendo e depois pode passar a mão nelas.

 
















Por último, foi o momento de ver as tartaruguinhas correndo para o mar ao pôr-do-sol. Como eu sou chegado a uma jogatinha, apostei com a minha namorada qual seria a tartaruga vencedora. Eu perdi, e ela ganhou um sorvete.

Saímos da Praia do Forte quase às 19:00 para voltar para Salvador. No caminho, só tinha mais uma última parada: o Outlet Premium, na estrada. Minha namorada estava sendo muito parceira, então merecia um mimo.

Para quem quiser fazer um bate-volta para a Praia do Forte como eu fiz, existem duas maneiras: a 1ª é alugar um carro, que vai custar acima de 100 reais só o aluguel; a segunda é ir em um ônibus ou van de uma agência de turismo local (existem várias agências no centro da cidade e algumas no próprio aeroporto), que pode sair mais barato, mas você perde um pouco da sua liberdade.

Enfim, é isso. Espero ter te ajudado e boa viagem!

Salvador – Informações e dicas que você não vai encontrar na maioria dos guias turísticos

Como já disse anteriormente, eu tenho família em Salvador, por isso tive acesso a muitas informações e mordomias que a maioria das pessoas não tem. Nesse post pretendo colocar informações sobre praias, preços (justos) de algumas coisas e trajetos de circulação.

Eu já tinha ido para Salvador duas vezes antes: a 1ª, com a minha mãe, que me ensinou muito sobre a história e a cultura da cidade; a 2ª, com meu pai, que fez questão de me mostrar todos os puteiros que ele já tinha freqüentado, além dos pontos onde ele e os amigos tomaram porres legendários.

Dessa vez, fui só com a minha namorada e fiquei hospedado na casa da minha prima, em Stella Maris. Todo mundo sempre me falou de como o povo baiano é hospitaleiro, mas mesmo assim eu ainda fiquei surpreso no quanto fui bem tratado durante toda minha estadia em Salvador.

Stella Maris, para quem não conhece, é a melhor praia de Salvador. É limpa, sem muita farofada, com águas cristalinas e areia fofa para caminhar. Em compensação, eu não recomendo a ninguém se hospedar lá sem ter o suporte familiar que eu tive. Stella Maris é muitoooooo longe do centro, mas muito mesmo. Porém, se você for para Salvador, vale à pena passar um dia curtindo a praia de lá.


**Próxima a Stella Maris está Itapuã. Lembra da música de Vinicius de Moraes, “Passe uma Tarde em Itapuã”? Então, esqueça ela e não passe nem um minuto sequer em Itapuã. Hoje em dia o lugar é agitado, comercial e extremamente PERIGOSO! Atualmente a letra da música estaria mais para “Seja assaltado em Itapuã”.

Bom, caso você queira curtir uma boa praia e não tenha como ir para Stella Maris, vá para a Praia da Barra, do lado do Farol da Barra, que é a melhor praia urbana de Salvador. É ótima para tomar sol e banho de mar.

Agora, Salvador é uma cidade que não se resume só a praias. Longe disso. A história e cultura de Salvador são muito ricas.

Os pontos turísticos imperdíveis, na minha humilde opinião, são: a Igreja de São Francisco (igreja do ouro), o Pelourinho, a Igreja do Carmo (igreja do Cristo adornado com 2000 rubis), o Mercado Modelo, o Elevador Lacerda e Farol da Barra. Para quem é cristão, como eu, vale a pena ir também na Igreja do Bonfim, mas ela é mais afastada (e, ao contrário do que muita gente pensa, não é de lá que saem as famosas fitinhas, e os ambulantes das redondezas vão vendê-las bem acima do preço).

Se eu puder te recomendar um percurso/trajeto pelos principais pontos de Salvador em um único dia, é o seguinte:


1- Acorde cedo e vá para a Igreja do Bonfim. Tente chegar lá até as 10:30 da manhã. Aproveite para benzer as fitinhas que você provavelmente vai levar de lembrança para quase todo mundo, e não se esqueça de fazer três pedidos ao amarrar a sua em algum lugar. Detalhe, não deixe para comprar as fitinhas na hora porque os ambulantes vendem por muito mais caro. E fique atento aos horários e dias das missas>             http://www.visiteabahia.com.br/visite/salvador/cultural/igrejas/iindex.php?id=50


2- Da Igreja do Bonfim, pegue um ônibus e vá para o Comércio. Lá eu sugiro que você ignore o Mercado Modelo em um primeiro momento e suba direto o Elevador Lacerda. Depois ande até o Pelourinho. Fique a vontade para entrar nas lojinhas e tirar suas fotos. O Pelourinho, de um modo geral, é um lugar muito legal. Dependendo do horário e da sua fome, aproveite para almoçar por lá mesmo no restaurante de comida típica do Senac. Custa 41 reais por pessoa, mas você pode comer a vontade diversos pratos da gastronomia baiana, incluindo sobremesas.


3- Depois do almoço, desça a ladeira do Pelourinho e suba a Ladeira do Carmo. Quase no topo dela está a igreja do Carmo. A visita é muito legal. Você pode conhecer a igreja, o claustro e a senzala (ou habitação dos escravos). A melhor parte da visita é a estátua do Cristo Adornado por 2000 rubis (cada rubi colocado para parecer uma gosta de sangue).

4- Volte para o Pelourinho continue andando até a Igreja de São Francisco. A Igreja é inteira de ouro e cheia de pinturas. A visita é imperdível.



5- Caminhe até o Elevador Lacerda, passando pela Praça da Sé, e desça até o Mercado Modelo. Agora sim vá conhecê-lo. Muita gente fala que o Mercado Modelo é um dos lugares mais caros para se comprar coisas de Salvador. Honestamente, eu achei o contrário. Especialmente devido à quantidade de oferta que facilita a negociação. Vou colocar aqui em baixo o preço justo de algumas coisas.



Canga – de 18 a 25 reais (dependendo do modelo e do tecido)
Camiseta – de 12 a 28 reais (dependendo do modelo e do tecido)
Fitinhas do Senhor do Bonfim – 10 fitinhas por 2 reais
Acarajé – de 4 a 7 reais (dependendo do que você quiser colocar)

** Quando for ao Mercado Modelo, procure por uma cocada chama Molenguinha. Melhor cocada que já comi na minha vida.

6- Por último, pegue outro ônibus e vá para o Farol da Barra. Tente chegar até às 17:30, porque às 18:00 não é mais permitida a subida de visitantes no farol (o que não te impede de visitar o museu náutico). Ali, na minha opinião, você vai poder ver o pôr-do-sol mais bonito de Salvador, e, talvez, também o da sua vida.



Enfim, essas são todas as minhas dicas para curtir praia, história e cultura em Salvador. Se você tiver a chance de ir para lá, vá, porque é uma cidade animal!

Minha Bahia

Caralho, que saudades da Bahia! Quase entrei em depressão quando voltei para São Paulo. Na Bahia, meus problemas (grana, família, trabalhos, etc...) entraram de férias e não me incomodaram até eu pegar o avião de volta para casa. Acho que essa é a melhor coisa da Bahia: a energia daquela terra te faz esquecer dos seus problemas!



Outra coisa boa da Bahia é que não existe época nem lugar fixo para visitar. Lá é calor o ano inteiro, e também tem festa toda hora. Além disso, existem inúmeros destinos para visitar, ou seja, você não precisa ficar em um único lugar durante toda sua viagem.

Como sempre nesse blog, vou falar da minha experiência pessoal. Graças ao bom Deus, eu tenho família em Salvador, o que me possibilitou essa viagem. Querendo ou não, viajar para a Bahia não sai muito barato nunca. Você tem que pesquisar bastante e se programar com antecedência, especialmente porque lá você vai gastar bastante também.

O que eu fiz foi o seguinte: depois de pesquisar muito, achei uma passagem por 600 reais no dia 31/12 (sendo que dia 29/12 tinham passagens por 1648, só para te dar uma noção de variações de custo), voltando dia 09/01; passei ao todo dez dias na Bahia e conheci Salvador, Chapada Diamantina, Praia do Forte, e a fábrica de charutos Menendez e Amerino no Recôncavo Baiano

Essa foi mais uma viagem que fiz acompanhado da minha namorada, e não me arrependo nem um pouquinho disso. A Bahia pode ser um lugar de putaria maluca para quem procura isso, em especial pela quantidade de gringos e gringas por lá, mas também pode ser um lugar bem romântico para se curtir a dois.



Enfim, nos próximos posts vou falar detalhadamente sobre tudo o que eu fiz e que pode ser útil para você a respeito de Salvador, Chapada Diamantina, Praia do Forte e a fábrica de charutos. Espero te ajudar caso esteja prestes a fazer uma viagem!

Ahhh, Monte Verde

Há três anos atrás eu fui para Monte Verde. Achei a cidade muito legal, mas não pude aproveitar nada já que estava... A TRABALHO, PORRA!!

Então esse ano resolvi voltar. E no caso peguei uma ocasião muito especial para a viagem: aniversário de um ano de namoro. Sabe como é, fugir de tudo, tomar um vinho, ficar em um chalézinho com lareira... bom, não preciso dizer mais nada, não é?


Como hospedagem escolhi a Nico On the Hills. A pousada é boa, mas pelo site achei que fosse um pouquinho melhor. Os chalés são ótimos e confortáveis, o café da manhã é incrível e levado para você na cama e a tranquilidade é total. Massssss, entretanto, a estrada até lá é bem ruim, cheia de buracos e barrancos. Além disso, a jacuzzi no jardim amplamente divulgada no site é paga por hora, coisa que me deixou um pouco irritado. Mas não me arrependo de ter escolhido a Nico On the Hills. O que me arrependo é de não ter ficado em uma pousada chamada Estalagem Monte Verde (http://www.estalagemmonteverde.com.br/) que visitei e achei muitooo boa!!

Bom, mas agora vou falar da viagem em si. Monte Verde é um lugar muito legal, mas é definitivamente um lugar para se ir em família ou em casal. Posso dizer que o resumo da minha viagem é a foto montagem gay que minha namorada fez e eu estou colocando aqui embaixo.



Quando ela descobrir que postei isso aqui vai ficar puta comigo... mulheres ahhh!! Mas enfim, o que eu fiz, e que recomendo ser feito para quem for para lá, foi ter ido almoçar no Fritz, um restaurante de comida alemã com uma cerveja artesanal digna, ter conhecido a fábrica de cerveja do Fritz (custa 15, você ainda ganha um copo legal e degusta um pouco da produção), ter andando a cavalo ao pôr-do-sol e ter comido um fondue bossal de jantar.

Existem vários lugares para se alugar cavalos em Monte Verde, em especial perto do portal de entrada da cidade. Eu fui em um haras que não sei o nome, mas que tem um stand na rua principal. Valeu muito a pena. Acabou saindo 50 reais por pessoa, 2 horas de passeio.

Como o aluguel de cavalos, também existem diversos lugares para se comer fondue em Monte Verde. Porém, pelas minhas pesquisas e pela minha experiência própria, o melhor é a Casa do Fondue. Estou namorando há um ano, e nunca minha namorada se impressionou com o tanto que eu comi antes daquela noite. O rodízio de fondue, com carne (na chapa ou na panela, de carne vemelha, branca e truta), queijo e chocolate saiu 50 reais por pessoa. Uma dica: o lugar costuma encher e tem fila, por isso chegue cedo ou se programe.




Dia seguinte eu e minha namorada resolvemos ir às compras. Compramos queijo meia-cura, cerveja, suspiros, doce-de-leite e geleia de amoras. Tivemos que nos segurar para não comprar mais nada. Na rua principal existem diversas lojas com coisas deliciosas e você pode experimentar tudo, o que foi bom para segurarmos a fome para pegarmos a estrada de volta para SP. Mesmo assim ainda comemos almoço. Eu não resisti e parei em um rancho na estrada um pouco antes de Camanducaia. Também não lembro o nome do rancho, mas ficava na mão contraria da estrada, era grande, de madeira, e tinha alguma coisa a ver com o restaurante "O Caipira" de Monte Verde. Comi que nem um animal. Era buffet, saiu 22,50 por pessoa, e tinha todas aquelas comidas de interior, tipo feijão tropeiro, tutu de feijão, frango com quiabo, carne de lata, linguiça, e por aí vai. Sensacional.

Voltei de Monte de Verde com 2kg a mais na barriga, mas com a cabeça muito mais leve em compensação hahah!

São Paulo a Passeio

Já falei sobre diversos lugares nesse blog. Acho que já devo ter ajudado algumas pessoas com dúvidas na hora de programarem suas viagens. Entretanto, só agora me dei conta que nunca dei nenhum conselho para quem quer vir para a minha cidade, São Paulo. E tenho certeza que nesse exato momento muito filho da puta vai falar que São Paulo é uma merda e que não tem nada para fazer por aqui. Mentira, São Paulo é do caralho!!



Durante minhas férias do trabalho eu resolvi ser um turista na minha própria cidade. Depois, participei de um projeto para fazer roteiros turísticos de São Paulo para executivos de fora. Vou deixar aqui algumas coisas legais para se fazer.





Se eu tivesse que escolher um roteiro para um dia em SP seria o seguinte: visitar a Catedral da Sé; seguir pela Rua do Ouro; passear pela 25 de Março; almoçar um sanduíche de mortadela no Mercadão; visitar o Mosteiro São Bento. Admirar o Pôr do Sol no Mirante do Viaduto Santa Efigênia. Por quê? Porque o Centro é a cara de uma São Paulo paradoxal - linda e caótica, rica e miserável, velha e moderna, decadente e imponente. São nessas ruas que a mistura da cidade fica clara. Esse simples passeio é inspirador.




Outro lugar que eu acho sensacional para conhecer é a Vila Madalena e suas paredes de grafite. Antes de ir para lá eu achava que grafite era sujeira. Mal podia desconfiar da minha própria ignorância - grafite é arte e é animal! Caminhando pela Vila Mada qualquer um pode perceber isso rapidamente. E mais, vire e mexe tem um grafiteiro fazendo uma arte nova em alguma parede. Além disso, os arredores do Beco do Aprendiz e do Beco do Batman (os maiores redutos de grafite) são lotados por bons restaurantes de diferentes estilos. A Vila Madalena como um todo, na minha opinião, é uma galeria de arte mais impressionante do mundo!



Bom, esses são meus dois passeios favoritos por São Paulo. Porém existem muitos outros. Dúvida? Bom então vou falar mais das minhas experiências na minha cidade.

Quando meus familiares da Bahia estiveram aqui eu os levei para o Ibirapuera, para andarmos de bicicleta e curtirmos um pouco o parque, com a Oca, o Planetário e etc...

Outro dia levei um amigo meu americano para fazermos um passeio que apelidei de roteiro Geek: levei ele na Livraria Cultura do Conj Nacional, na Geek Store, na Comics (Alameda Jaú quase esquina com a Consolação), e na Limited Edition (a 100m da Comics). Ele ficou maravilhado. Por último levei ele em um lugar chamado Circus, que é um lugar para cortar cabelo que tem quadrinhos, estúdio de tatuagem e cerveja. Queria levar ele no MASP também, mas não deu tempo. Bom, fica pra próxima.

Por último, outro lugar que eu amo em São Paulo é a Liberdade. Eu sempre fui fascinado pela cultural oriental, e desde pequeno adoro ir lá. Tem um restaurante chinês chamado Chi Fú (não sei se é assim que se escreve, mas em todo o caso fica na frente da Ikesaki) que é bossalmente bom. Comer lá acaba sempre sendo engraçado porque as garçonetes não falam quase nada de português. Sempre que vou na Liberdade tento comer nesse restaurante. Além do Chi Fú, gosto de visitar os mercadinhos orientais lá, onde compro biscoitos da sorte e doces diferentes. Na saída sempre aproveito para comprar algum filme ou jogo. É um lugar que vale a pena conhecer.

Enfim, se você acha que São Paulo é uma merda, faça esses passeios. Você vai mudar de opinião. Caso contrário, vai se fuder!


Foz do Iguaçu - Vida Noturna



A realidade é que tanto Foz quanto Puerto Iguassu tem uma boa variedade de atividades noturnas. A diferença é que Foz é uma cidade mesmo, enquanto Puerto Iguassu tem um charme particular de uma cidadezinha. Ambas tem bons bares e restaurantes a bons preços e ambas tem baladas boas. Porém, tive uma noite excelente com um roteiro que recomendo. Um amigo meu e da minha namorada nos buscou no nosso hotel e juntos fomos ao restaurante El Quicho del Tio Querido (o canto do tio querido, que recomendo fazer reserva antes de ir porque é lotado), que nada mais é que uma churrascaria argentina com parrilias e afins a bom preço. Após pedir uma provoleta, um bife de tira (costela de boi) acompanhado de papas fritas a provensal  e uma panqueca de doce de leite de sobremesa, tudo regado a carveja Imperial (uma boa cerveja argentina), fui ao cassino. Devo dizer que já comi em churrascarias argentinas em SP muito melhores, mas vale a experiência especialmente por causa do ambiente. Bom, mas voltando ao assunto, existe o cassino do lado do El Quicho del Tio Querido que é em dólares e a brincadeira acaba sendo mais cara, embora este seja o cassino que oferece transfer do hotel em que você estiver (08006454434 - só ligar e marcar). Não foi a toa que nosso amigo nos levou até o Cassino Panoramic, perto da feirinha e do centro da cidade, que é em pesos e pudemos ficar jogando a noite inteira. Sai de lá lucrando 350 pesos que ganhei na roleta e no black jack e minha namorada lucrou 50 pesos, também no black jack. Vale muitooo a pena. Enfim, se posso dar um conselho de como passar uma noite da sua viagem no Iguaçu é esse: churrascaria argentina e cassino em pesos hahah!

Foz do Iguaçu - Ahhhh, o Paraguay...

Ao atravessar a fronteira e chegar ao Paraguay, tive a sensação de ter cruzado os limites da realidade. Cidad del Este parece ser o cenário de um filme de ficção científica pós apocalíptico. Algo como Matrix ou Blade Runner. É impressionante o contraste entre marcas luxuosas, táticas avançadas de varejo 3.0 e a simplesmente definida muambice.

Graças ao bom Deus, eu e minha namorada estávamos acompanhados por dois especialistas locais que nos guiaram muito bem. Eu acabei não levando quase nada, só ganhei um saco de Yerba Mate (3,50 reais) da minha namorada e comprei um absinto de 89,9% de álcool (17 dólares) que está guardado no meu quarto para um momento muito especial. Já minha namorada comprou um conjunto de pincéis de maquiagem e alguns cosméticos. Para nós o que valeu mesmo foi o passeio pelas lojas
luxuosas como a Sax e o Shopping Monalisa e pelas barracas de muamba na rua. Na verdade, tudo o que aprendi em um semestre de trademarketing na ESPM-SP não se compara ao que aprendi em um dia no Paraguay. A estratégia que mais me chamou a atenção foi a da foto ao lado, relevante aos uniformes das vendedoras. Acho que quando for dono de um negócio vou fazer a mesma coisa, porque a loja estava bombando.

Devo dizer que os preços estavam muito abaixo do que encontramos no Brasil, mas as coisas não estavam tão baratas assim... A real é que valeria muito mais a pena comprar coisas no Stand Center ou na Santa Ifigênia em SP. Com relação as coisas de marca, vale muito mais a pena ir ao Duty Free na fronteira argentina, que é um lugar muito legal, organizado e cheio de variedades, além do transporte ser gratuito (ligue 08006454434 e chame o transfer que te busca no hotel).

Bom, para chegar ao Paraguay, dependendo do dia, vá cedo e de van. A infraestrutura é medonha, o trânsito caótico e a quantidade de gente é enorme. Se estiver chovendo, que pena, você se fudeu. Mas de tudo no Paraguay, se eu puder dar um conselho, é o seguinte: no Shopping Del Este, ao lado da fronteira, existe um restaurante italiano quase que no último andar, ao lado do Ali Babá. Lá a comida é boa, e digo isso sendo descendente de italianos. Vale a pena. Enfim, isso é tudo sobre o Paraguay.

Foz do Iguaçu - Vida Selvagem



 Se você gosta de animais, Foz do Iguaçu é o seu lugar. A vida selvagem lá é incrível! E existem dois lugares especiais para ver os animais da região:

1- Parque das Aves - Sabe aquele filme de animação chamado Rio? Então, essa é a pegada do Parque das Aves. São diversos pássaros soltos, cantando e voando de um lado para o outro. Custa 20 reais a entrada normal para brasileiros e estudante paga meia. O parque fica do lado da entrada do parque brasileiro das cataratas e fica aberto até às 17hrs. Vale muito a pena. E se você tiver coragem tire a foto com a cobra. Aliás, quando fui publicar essa foto no meu facebook tive que
colocar a sua história e vou copiá-la abaixo também, para inspirar quem busca informações sobre o parque.

"Quando fui ao parque das aves em Foz do Iguaçu, minha namorada duvidou da minha coragem e como prova resolvi tirar essa foto. Achei que não ficaria nervoso, afinal, até criancinhas estavam dando risadinhas enquanto punham a cobra no pescoço. Mas quando aquela porra de bicho começou a olhar para mim com uma cara estranha, meu cú fechou (não tenho outra descrição para o momento). E, vendo que eu estava nervoso prestes a jogar a cobra para longe, o guia do parque tentou me acalmar me dizendo:
- Calma, campeão, ela é mansa, não faz nada.
Ao ouvir aquelas palavras, dei a resposta mais máscula que poderia dar:
- Meu queridão, veja bem, se fosse uma aranha, uma perereca, ou até mesmo, quem sabe, uma pombinha que estivesse na minha cara agora eu não teria o menor problema. Mas uma cobra é coisa nova para mim, aí é pedir de mais!"



2- O outro lugar para ver os animais da região são os parques das cataratas. No caso, repito, não fui ao lado brasileiro, mas todo mundo diz que o lado argentino tem mais animais. Meu prediletismo vai para os quatis, mas existem macacos, capixos, peixes, borboletas e uma séries de outros bichos que ficam soltos. É animal (ui como sou malandro no trocadilho).


Foz do Iguaçu - Simplesmente incrível!


 Ahhh, as Cataratas do Iguaçu... Nunca imaginei que ficaria tão impressionado com esse lugar. Eu já fui para o Niagra Falls no Canadá e digo uma coisa: nossas cataratas dão um pau nas de lá. Aliás, não são só nossas, né?! São nossas e dos hermanos argentinos. E, digo isso, porque eu caguei pro lado brasileiro e só fui conhecer as cataratas do lado argentino. Por quê? Bom, eu pesquisei bem antes de ir e vi que o lado argentino tinha muito mais coisa, era mais barato (se bem que com o transporte até lá dá na mesma), e a interação com as quedas é muito maior. No nosso hotel tentaram nos vender o lado brasileiro, coisa que posteriormente descobri ser muito comum já que serviços turísticos pagam hoteleiros para esse tipo de divulgação. A realidade do Lado Brasileiro VS Lado Argentino é que realmente a infraestrutura do lado brasileiro é bem melhor, enquanto o parque e as trilhas do lado argentino são bem maiores. Sua escolha depende do que você quer na viagem.
Se quiser um conforto maior e menos perrengue, visite o lado brasileiro. Mas se quiser uma maior interação com as cataratas e um maior contato com a natureza visite o lado argentino. E se estiver com tempo, visite os dois lados. Porém existem conselhos que posso dar que servem tanto para o lado brasileiro quanto para o lado argentino:

1- Sabe aquela merda de vídeo que o cara fala milhões de coisas e depois ele fala para você usar protetor solar? Então, todas as outras coisas que o cara fala são baitolices irrelevantes, exceto o fato do protetor solar. E nas cataratas do Iguaçu a coisa não é diferente. Use protetor solar, porra! (eu não usei, por isso dou esse conselho)

2- Leve água. Uma garrafa de 2l de preferência. Porque, ao menos do lado argentino, é uma facada.

3-Não deixe de fazer o passeio de barco. É animal. E lembre-se que você vai se molhar muitoooooo. Mas também não tenha medo de levar roupas ou máquina fotográfica por causa disso, porque eles te dão uma bolsa impermeável para guardar seus pertences. Só saiba a hora de guardá-los, porque ninguém vai te avisar. E, quando eu fui do lado argentino, me arrependi de não ter ido com roupa de banho, então fica a dica.

Eu não me organizei direito, e me arrependi por causa disso. Mas talvez eu fizesse tudo do mesmo jeito de novo. O que eu fiz foi o seguinte: cheguei no parque, fiz o passeio de barco Gran Aventura (310 pesos = 124 reais), fui até a ilha de San Martin ver os mirantes e mergulhar, almocei com quatis e por último peguei o trenzinho e fui até a Garganta do Diabo. A única coisa que mudaria realmente seria a Garganta do Diabo. Acho que começaria por ela, já que as filas do trem e o calor estavam insuportáveis no horário que eu fui.
 Em todo o caso, além do passeio da Gran Aventura (que passa pela floresta, pelo canion e vai até debaixo das quedas), tive duas experiências sensacionais que acho que todo mundo, ou quase todo mundo, gostaria de ter. A primeira foi na Ilha de San Martin, quando depois de caminhar e ver os mirantes eu dei um mergulho, na área rasa onde era permitido, e quando tirei minha cabeça d'água e abri os olhos vi as cataratas. E a segunda foi um pouco mais engraçada e diferente.

No lado argentino eu comi em um bar/restaurante que era a zona da zueira dos quatis. Eu fiquei fascinado por aqueles animais. E mais fascinado ainda com o meu almoço com eles. Os quatis roubam comida. A comida na Argentina são empadões que são caros (18 reais) e não muito bons na minha opinião. E os responsáveis pelo local me deram um pedaço de pau para que eu pudesse defender meu alimento dos quatis. Sabe aquele jogo de fliperama onde crocodilos avançam e você tem que acertá-los com uma marreta? Então é muito próximo disso, só que ao invés de crocodilos elétricos são quatis que avançam, e ao invés de uma marreta você tem um pedaço de pau para se defender. Para a minha vergonha os quatis pegaram uma das minhas empadas. Mas não mais que isso. E até sobrou um pouco de comida, que eu dei gentilmente para eles e até consegui brincar um pouco com uns filhotes e fazer carinho, coisa que não é recomendada mas que se danem as regras.

Além disso que comentei, existem muitas outras coisas para se fazer no parque que infelizmente não consegui fazer por falta de verba e tempo. Entre elas posso listar o rafting, o passeio de helicóptero e o rapel que devem realmente valer a pena.

Por último vou dizer como cheguei lá e como fui embora. Ir para o lado brasileiro não é tão difícil quando se está em Foz do Iguaçu. Basta pegar o ônibus escrito "Parque Nacional". Entretanto, para ir nas quedas do lado argentino o buraco é mais embaixo. A van que saia do meu hotel cobrava ida e volta 190 reais por pessoa. Quase mandei a mulher da recepção se fuder, porque um taxista que tínhamos conhecido no dia tinha oferecido o trajeto para mim e minha namorada por 150 reais ida e volta. E existe a possibilidade de se ir de ônibus que é mais perrengue mas não sai mais que 30 reais ida e volta. O que eu fiz foi o seguinte: como não queria perder tempo, rachei o táxi da ida com minha namorada (deu 35 reais por pessoa). Na volta peguei um ônibus Rio Uruguai por 30 pesos a passagem (+- 10 reais) até a rodoviária de Puerto Iguassu onde peguei um ônibus para Foz do Iguaçu por 8 pesos (2,75 reais) e que parava em vários lugares da cidade, inclusive no centro. Só para ressaltar, eu peguei o último ônibus que ia para o Brasil às 19:10.

Bom, espero que meus conselhos ajudem e é isso aí. Aproveite porque esse lugar é único.